Põe na Quadrada, Rodrigão!

Conheça a trajetória do menino que sonhava em ser apresentador e hoje conquistou a tela de MS

A mãe é cearense e trabalha em Campo Grande como diarista. O pai nasceu em Nova Andradina e viaja por todo o Estado trabalhando como caminhoneiro. Rodrigo Nascimento é filho desse casal. Poderia ser um jovem comum de 30 anos se não fosse sua determinação para alcançar um sonho.
Com cinco anos, Rodrigo já sabia ler e escrever em letra cursiva. Sempre gostou de estudar. Enquanto a mãe lavava louça, ele deitava no chão e fazia caligrafia. “Essa era a brincadeira de que eu gostava. Os meninos gostavam de jogar futebol, eu gostava de ler; lia livros e apostilas”, lembra Rodrigo.
Os programas de televisão sempre o encantaram. Na escola fazia trabalhos em formato de programa de rádio. Entrou na faculdade precoce, aos 15 anos, não teve dúvida de qual curso escolheria. Fez Rádio e TV! Mas ele queria mais, queria aprender e evoluir rápido; então, ao mesmo tempo, cursou Jornalismo. Pagou as duas faculdades particulares com a ajuda da mãe, com o dinheiro das diárias e com bolsa do Prouni. Para chegar às universidades, pegava dois ônibus.

“Eu sempre gostei de criar. Meus trabalhos da escola não eram normais, eu fazia panfletos, fazia proposta diferente para levar informação. Eu sempre tive algo dentro de mim que queria mostrar que era diferente”, ressalta.
O primeiro emprego na área foi na BAND, fez estágio no setor de operações. O diretor achou que ele trabalharia atrás das câmeras, mas Rodrigo sabia o que queria. “Eu sabia que tinha de começar de algum lugar; então, qualquer oportunidade eu abraçava”.

Após formado, enviou currículos para as emissoras de TV de Campo Grande. Em 2014, foi contratado como repórter na TV MS RECORD. “Eu sempre gostei do DNA da RECORD, da liberdade que a emissora tem, então fiquei muito animado”.

Passou a trabalhar bastante e, sempre que tinha oportunidade, cobria férias dos apresentadores. Até que em maio de 2016, assumiu a apresentação do Cidade Alerta MS. “Foi tudo muito louco e muito mais rápido do que pensei, até hoje olho pra trás e não acredito muito bem”.

No comando do seu próprio programa, Rodrigo começou a mostrar sua própria identidade. Adotou o bordão “Põe na quadrada”, passou a ser chamado de Rodrigão e criou quadros especiais.
Em agosto de 2019, mais um novo desafio, assumiu também a apresentação do Balanço Geral. Junto com a equipe, deixou o programa mais humanizado. “No Balanço, a gente ajuda a realizar o sonho das pessoas, o BG é do povo”.
Rodrigão já ganhou 12 prêmios com matérias especiais. Quadruplicou o faturamento da empresa com os dois programas e já bateu audiência do principal concorrente. Pensa que está bom pra ele?

“Quero ser o melhor apresentador de Mato Grosso do Sul, esse é meu objetivo. Por isso trabalho muito. Só tem meio período do fim de semana que me desligo, o resto do tempo estou trabalhando. Tenho uma equipe muito boa, muito focada, que me ajuda a chegar lá”.

Para Rodrigão, o jornalismo sempre terá espaço na vida das pessoas. “A arte de informar é a mesma. Mas o jornalismo evoluiu, ficou mais dinâmico e mais humano”.
Rodrigão realizou também sonhos que tinha desde criança. Ligava a TV e assistia aos programas e queria ser como aqueles apresentadores. “Eu conheci Xuxa, Gugu, Rodrigo Faro e Sabrina Sato, grandes apresentadores que me inspiram. Nem acredito, mas conheci todos eles”.

Para Rodrigo, o motivo de tanto sucesso é nunca desistir dos sonhos. “Temos que aprender a respeitar o ser humano, nunca desprezar o sonho de alguém. Já ouvi que nunca daria certo na frente das câmeras, eu não acreditei nisso. Segui meu sonho, e olha onde cheguei”.

Pingue- Pongue – Rodrigão

Uma reportagem inesquecível: “quando tive a oportunidade de ficar debaixo de um viaduto com moradores de rua. Pude entender o sofrimento dessas pessoas que acabam se tornando ‘invisíveis’ perante a sociedade.”

Se pudesse entrevistar alguém, qualquer pessoa, entrevistaria:“Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos.”

Ser Jornalista é: “informar e conversar com quem abre as portas da casa dela pra me assistir.”

Faço TV porque: “me divirto. Me entrego nos quadros que têm nos meus programas, faço com prazer, com amor, para entregarmos um produto final maravilhoso.”

O que não gostaria de “Pôr na quadrada”?

“Crimes de pedofilia e estupro. Violência contra mulher. Feminicídio.”

Uma viagem inesquecível: “Jericoacoara – Ceará.”

Um sonho ainda não realizado: “conhecer a Disney.”

3 objetos sem os quais não vive: “celular, relógio e minha garrafa de água.”

Uma música especial: “Quando você passa – Sandy e Junior.”

Choro quando: “um relacionamento não dá certo.”

Dou risada quando: “recebo um elogio.”

Uma saudade: “da minha infância.”

Uma frase: “Nunca deixe ninguém dizer que você é capaz de fazer algo.”

Celebrar é: “agradecer todos os dias à vida sorrindo e sendo feliz, por mais que os dias sejam difíceis.”

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