Camila Gebara vale ouro!

Com 24 anos, nossa Celebridade já viajou para 29 países. Tem mais de cem medalhas, acendeu a pira olímpica, é empresária e mãe. Um baita currículo para uma jovem douradense. Essa é a Camila Gebara Nogueira Yamakawa. A judoca com reconhecimento internacional conversou com a Celebrar. Conheça a história dela.

Os avós libaneses vieram para Dourados e aqui constituíram a família, que é bem conhecida e tradicional na cidade. A mãe de Camila é empresária, o pai é advogado. Os pais praticavam atividade física no clube e queriam que as duas filhas também fizessem alguma coisa. Só aceitavam crianças mais novas no judô; foi assim que tudo começou. Camila tinha apenas três anos. Isso mesmo, não escrevemos errado, com apenas três aninhos a menina começou a lutar. 

“Eu não imaginava que seria atleta profissional, tudo aconteceu naturalmente. Quando terminei a faculdade de Educação Física, pensei: E agora? Tenho que trabalhar, mas no que vou trabalhar? A única coisa que fiz a vida toda foi lutar. Aí decidi que essa seria minha profissão mesmo”, conta a judoca. 

Com 11 anos, Camila participou da primeira competição nacional. São centenas de competições no currículo e a quantidade de títulos é incontável; ela só sabe que são mais de cem. Entre os mais importantes, estão o de vice-campeã mundial, tricampeã pan-americana e bicampeã sul-americana. 

Camila foi escolhida para acender a pira olímpica quando a tocha passou por Dourados, nas Olimpíadas, em 2016. “Foi muito massa e, ao mesmo tempo, um susto. Eu fui convidada para levar a pira com outros atletas, mas não sabia que eu iria acender, foi em cima da hora que me avisaram; então, só deu tempo de correr e acender. Foi muito marcante”. 

Outro momento emocionante da vida dela foi no final de 2019, quando disputou o Campeonato Brasileiro, pois foi o retorno após ficar um ano parada, depois de se tornar mãe. Mas, nesta parte da história, temos que fazer uma pausa e voltar um pouquinho. 

Dizer que na vida da Camila tudo envolve o judô não é da boca pra fora. Até o grande amor foi encontrado no tatame. Ela conheceu Jorge aos 11 anos; os dois treinavam juntos. Quando ela fez 15, começaram a namorar e estão juntos desde então. No meio do caminho, ele virou o Sensei (treinador) dela. Há quatro anos estão casados e abriram a própria academia. “Ele dá aulas e eu cuido das finanças da academia. E ainda ele me treina”. 

Vamos voltar à gravidez... Em 2019, Camila teve de fazer uma cirurgia e aí resolveu que ia aproveitar que já tinha dado uma pausa nos treinos para engravidar. Em 28 de agosto de 2019 nasceu Ali. Após 15 dias do parto, ela voltou a treinar. “Achava que não ia mais conseguir, pois nunca tinha ficado tanto tempo parada; mas consegui, treinei bastante e, três meses depois, participei do campeonato brasileiro e trouxe mais uma medalha para casa. Foi muito emocionante, uma grande superação pra mim”. 

Atualmente, ela se divide entre a rotina materna, treinos e a vida de empresária. “Meu filho só mama no peito; então depende de mim. Fico sem dormir à noite e isso atrapalha o desempenho, mas sei que é uma fase. Me sinto realizada. O Ali é meu tudo, minha vida. E dá para conciliar tudo”.

Dá sim, Camila, você vai conseguir. Aliás, já está conseguindo. Essa entrevista foi feita no tatame, com o Ali, bem pertinho da gente. É capaz de, logo, logo, um novo pequeno judoca aparecer aqui na Celebrar. 

PING- PONG

Uma viagem marcante: “Japão.”

Três objetos sem os quais não vive: “Celular, cama, quimono.”

Sonho não realizado: “Ser campeã olímpica.”

Não vive sem: “Família.”

Maior medo: “Morte de quem eu amo.”

Saudade: “Da minha infância.”

Judô: “Superação.”

Música: “Sou humano, da Bruna Karla.”

Família: “Meu tudo.”

Trabalho para: “Ganhar dinheiro; senão, não trabalhava não. (Risos)”

Dou risada quando: “De tudo.”

Choro quando: “Perco.”

Meu filho: “Minha vida. Mudou minhas prioridades.”

Frase: “Deus não tira nada da gente se não for para dar algo melhor depois.”

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