Ser mãe pela segunda vez me deixou mais leve

Esses dias conversei com uma mãe de primeira viagem. Ela desabafou, cansada, dizendo que se sentia sobrecarregada, presa a uma rotina rígida de sonecas, deixando de sair, de viver, com medo de errar. E eu entendi. Porque eu já estive exatamente nesse lugar.

Com meu primeiro filho eu queria fazer tudo certo. Seguia horários, regras, conselhos, achando que ser uma boa mãe era nunca sair da linha. Mas, no meio disso tudo, fui me perdendo. Me esqueci que, antes de ser mãe, eu também sou gente. Com vontades. Com cansaço. Com sentimentos.

Foi só com o segundo filho que entendi que a maternidade pode ser mais leve. Que errar faz parte. Que não existe perfeição. Existe presença, carinho, escuta. Existe o coração que a gente coloca em cada gesto.

O segundo filho, para mim, foi uma nova chance. Não de ser uma mãe perfeita, mas de ser uma mãe mais consciente, mais tranquila, mais feliz. Foi quando percebi que tudo passa. Que o bebê cresce. Que a fase difícil vai embora. E que, se a gente conseguir atravessar isso inteira, tudo se torna mais doce.

Hoje eu não deixo de viver por causa das meninas. Faço planos. Saio. Respiro. E elas estão bem. Muito bem. Porque uma mãe feliz é o melhor que um filho pode ter.

Se você está no começo e tudo parece pesado, respira. Você está aprendendo. E vai passar. A maternidade não precisa ser prisão. Pode ser caminho. Pode ser descoberta. Pode, sim, ser leve.

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