"Não queira me vender, mas me faça querer comprar" (é assim o pensamento do consumidor atual). 

A chave para despertar o desejo de compra, em vez de forçar a venda, está em gerar um valor que ressoe com o consumidor. É exatamente por isso que alguns carros custam fortunas enquanto outros, com especificações técnicas praticamente idênticas, são considerados "populares". A diferença não está na funcionalidade do produto, mas na percepção de valor que a marca constrói na mente do consumidor.

É essa compreensão que nos leva à era na qual o intangível pode valer mais que o tangível; o que não se pode tocar é cada dia mais valioso que tudo o que medimos. Esta é a revolução silenciosa que está redefinindo o valor patrimonial das empresas.

A nova lógica do valor

Nesse cenário de valor intangível, o Branding é impulsionador - uma estratégia que vai muito além da estética. Quando bem trabalhada, a marca pode se tornar o maior ativo da empresa, gerando valor e reconhecimento que transcendem o produto/serviço em si. Essa mudança reflete uma profunda transformação na forma como o valor é oferecido e como as decisões de compra são tomadas.

A transformação é visível em diversos aspectos da lógica de mercado. A própria equação de precificação, por exemplo, já mudou há algum tempo: se antes o preço era matéria-prima + mão de obra, hoje é marca + produto. 

Essa mudança é validada pela neurociência: até 95% das decisões de compra são tomadas em nível emocional*. Ou seja, não compramos pelos benefícios funcionais, mas pelo modo como nos sentimos e como queremos ser vistos. Dessa forma, e compreendendo que o valor reside na percepção, a verdade subjacente é que o verdadeiro protagonista é o consumidor. É ele quem determina a relevância - e o valor - de uma marca.

Marcas fortes não forçam a venda - elas despertam conexões

Marcas bem construídas vendem sonhos, aspirações, identidade. E é a gestão estratégica de marcas que potencializa os valores genuínos da empresa para que os clientes percebam e paguem mais pelo valor oferecido. 

Portanto a questão passa é se você deve investir em Branding, mas quanto tempo de crescimento seu negócio pode se dar ao luxo de perder enquanto você não investe.

Louise Irie

Designer Gráfico com MBA em Branding e pós em Neuromarketing

www.estudioirie.com

@‌louiseiriedesign

Revista Celebrar

Revista Celebrar oferece um outro olhar sobre as transformações do mundo. Histórias inspiradoras, matérias sobre comportamento, moda, beleza, família e muito mais.

Próximo
Próximo

Viagens e Contratos com agências: seus direitos em casos de problemas