Bethânia Ribas Manzano

Profissional que ajuda a trazer vidas e humanizar o nascimento

Ajudar alguém a trazer uma vida ao mundo. Essa é a profissão da Personalidade desta edição. A escolha não foi por acaso. Estamos falando sobre o que é SER HUMANO, sobre HUMANIZAR as relações. Então, quem melhor do que uma pessoa que auxilia tantas mulheres a darem à luz? E mais: uma ativista do parto humanizado?

Estamos falando de Bethânia Ribas Manzano, médica, ginecologista e obstetra. Nascida e formada em Dourados, ou seja, fruto desta terra e aqui continua frutificando.

O pai é médico e, quando adolescente, ela fugia do assunto, dizia que não seguiria a mesma profissão. Mas chegou um momento em que não conseguia se imaginar fazendo outra coisa. Entrou na 2ª turma de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados. “No final da faculdade, por gostar de cirurgia e de estudar a parte de hormônios, decidi que seria ginecologista. Durante a especialização, na residência médica, fui me apaixonando também pela obstetrícia e percebi que eu queria acompanhar as mulheres durante todas as fases da vida, inclusive nesse momento tão sublime que é o parto”, relata Bethânia.

Para a médica, o que a fascina em atender mulheres é o conjunto. “Não é apenas a rotina ginecológica, nem apenas o parto. Esses atendimentos separados talvez não me causassem tanta emoção. O que impulsiona é o relacionamento. É o conjunto. É o que construo no dia a dia com cada paciente. Um vínculo é criado, isso é indescritível”. 

Bethânia tem 38 anos e teve uma formação tradicional. Mas acompanhar o parto da irmã foi um divisor de águas em sua vida. “Além de ser minha irmã, então já tem um sentimento todo diferente, eu estava acompanhando o parto e vi que a médica agia diferente. Ela era da linha humanizada. Naquele momento percebi que fazia muito sentido e eu precisava mudar”. 

A médica começou a estudar ainda mais e enxergou um novo cenário. Práticas desnecessárias que podem prejudicar mãe e bebê sendo realizadas. A partir de então, ela se tornou uma das ativistas do parto humanizado em Dourados. “Humanizar o parto é ter um olhar diferenciado. Não é uma mulher numa banheira, como muita gente acha. É muito mais que isso. É o ser humano buscando ser tratado com humanidade. Deveria ser o básico, mas infelizmente não é”. 

A obstetra perdeu as contas de em quantos partos já trabalhou. Até 2011 tinha passado de mil; depois parou de contar. “A adrenalina que sinto na hora do parto é divina. Eu vejo o agir de Deus em cada instante”. 

Pingue- Pongue

Ser humano é: “Respeito e Empatia.”

Ser médica é: “Doação.”

Ver uma criança nascer é: “DIVINO.”

Uma música especial: “VIVA LA VIDA, Cold Play.” 

Uma viagem: “Fernando de Noronha.”

Ser casada é: “A mais maravilhosa das provações.”

Família é: “Presente de Deus.” 

Três objetos sem os quais não fico: “aliança, brinco, protetor solar.”

Um sonho ainda não realizado: “Maternidade.” 

O que me faz sorrir: “Uma palavra de carinho.”

O que me faz chorar: “SAUDADE.”

Nas horas de folga eu: “CELEBRO.”

Fé: “A certeza de que Deus é o verdadeiro dono de nossa vida.” 

Uma frase: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

Celebrar é: “PRECISO; agradecer e comemorar pelo que somos e temos!”

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