Sua Casa Fala de Você! E do Seu Repertório.
Nenhum ambiente nasce do acaso.
Nenhuma escolha estética é neutra.
Quando decoramos um espaço, estamos, na verdade, revelando muito mais do que gostos pontuais: estamos materializando aquilo que somos.
Créditos: reprodução.
Cada obra de arte que já vimos.
Cada museu visitado.
Cada livro lido, cada lugar explorado, cada diálogo sensível com o belo.
Decorar não é apenas combinar cores, móveis e texturas.
É transformar um repertório em matéria.
É dar forma, cor e volume às referências que carregamos.
Por isso, quem consome arte, quem vive a cultura com intensidade, quem mergulha no design com profundidade, é quem, de fato, sabe vestir os ambientes e decorar com autenticidade e personalidade.
Essas pessoas não seguem tendências. Elas criam atmosferas.
Não copiam. Expressam.
Já quem não cultiva essas vivências, muitas vezes se apoia no óbvio. No que “está na moda”. No que deu certo na casa do outro. Ou, pior ainda, passa a ver a decoração como algo superficial. Um luxo dispensável.
Créditos: Janaina Lott @janainalott.fotografia
Mas o que seria da nossa casa sem alma?
Sem camadas de sentido?
Sem memórias e referências que nos traduzem?
Decoramos bem quando vivemos bem.
Quando observamos com curiosidade.
Quando sentimos a arte com presença.
Quando damos importância às sutilezas da vida, porque são elas que fazem a diferença entre um espaço qualquer e um espaço que nos pertence.
Créditos: Casa da Malu Bernardes
Então, antes de fazer as suas escolhas no momento de decorar, talvez o mais importante seja perguntar:
O que eu tenho visto, sentido, admirado?
Porque é isso que vai morar comigo e vai “alimentar” a minha alma e dos que me cercam no dia a dia, nos momentos que ninguém mais vê.