Coerência: o luxo silencioso que sustenta grandes marcas
Celebrar o branding é, antes de tudo, celebrar a coerência. É esse luxo silencioso que sustenta marcas sólidas, desejadas e perenes.
Se você pensa, ou já pensou, que o marketing serve para manipular e nos convencer a comprar o que não precisamos...você não está sozinho. Eu também já acreditei nisso.
Durante anos, atuei como designer gráfico e defendia o “valor da entrega”. Mas algo me incomodava: como mensurar esse valor com clareza? Cursei também Marketing para entender um pouco sobre métricas: KPIs, ROI, CPA. Encontrei respostas mas também me deparei com uma realidade complexa: sim, existem estratégias que priorizam a sedução superficial em detrimento de fundamento.
Fiquei um tempo refletindo sobre essa dualidade…até que pudesse entender o Marketing com profundidade. Foi durante o curso de Neuromarketing que a peça final se encaixou: a questão não está na ferramenta, está na intenção.
O Branding que ressoa comigo – e que busco aplicar nos negócios com os quais trabalho – não é o da ilusão, mas o da coerência. É aquele que alinha promessa e entrega. O que transforma essência em expressão, que compreende que o verdadeiro sentido (ético e estratégico) está em se manter a palavra. Em entregar aquilo que se promete.
Considere este exemplo: duas marcas do mesmo grupo automobilístico fabricam carros com projetos técnicos quase idênticos - afinal dividem engenheiros, fábricas, fornecedores, métodos de produção. Uma comercializa seu modelo por R$ 250 mil, a outra por R$ 400 mil. O mais barato sai de linha por baixa adesão. O mais caro, com fila de espera.
À primeira vista, pode parecer arbitrário ou até manipulativo. Mas o que se comercializa ali vai além das especificações técnicas do produto. Vende-se status, poder, prestígio. E a marca premium entrega exatamente o que promete - mesmo que prometa intangíveis. Ela permanece fiel ao que representa. E é exatamente essa coerência entre discurso e entrega que constrói valor genuíno.
O problema está quando se promete o que não pode entregar. E isso, sim, reduz o Marketing ou o Branding a mero artifício - e raramente se sustenta a longo prazo.
Reconheço que temos habilidades técnicas para fazer com que um produto acessível aparente ser premium. Mas cabe questionar: além da implicação ética, seria estrategicamente inteligente?
Em um cenário onde o consumidor tem voz amplificada, onde a fidelidade se tornou o novo ouro e depende mais de confiança do que de promoções, vender “gato por lebre” pode até gerar lucro no curto prazo, mas frequentemente compromete a perenidade do negócio.
Portanto a função do Branding não é inflar percepções passageiras. É sustentar negócios com coerência e longevidade.
A coerência, hoje, é luxo. E é esse luxo que diferencia marcas memoráveis de marcas descartáveis.
Celebrar o Branding é celebrar a verdade bem contada. É brindar às marcas que sabem o que são, entregam o que prometem e permanecem fiéis ao que representam.
No próximo brinde, exploraremos o novo protagonista dessa narrativa: o consumidor. Mais criterioso, mais informado, mais empoderado. Um consumidor que não busca ser convencido, mas compreendido.
Porque, no fim das contas, não se trata apenas de vender mais. Trata-se de criar relações que merecem ser celebradas.
Até lá!Celebrar o branding é, antes de tudo, celebrar a coerência. É esse luxo silencioso que sustenta marcas sólidas, desejadas e perenes.
Se você pensa, ou já pensou, que o marketing serve para manipular e nos convencer a comprar o que não precisamos...você não está sozinho. Eu também já acreditei nisso.
Durante anos, atuei como designer gráfico e defendia o “valor da entrega”. Mas algo me incomodava: como mensurar esse valor com clareza? Cursei também Marketing para entender um pouco sobre métricas: KPIs, ROI, CPA. Encontrei respostas mas também me deparei com uma realidade complexa: sim, existem estratégias que priorizam a sedução superficial em detrimento de fundamento.
Fiquei um tempo refletindo sobre essa dualidade…até que pudesse entender o Marketing com profundidade. Foi durante o curso de Neuromarketing que a peça final se encaixou: a questão não está na ferramenta, está na intenção.
O Branding que ressoa comigo – e que busco aplicar nos negócios com os quais trabalho – não é o da ilusão, mas o da coerência. É aquele que alinha promessa e entrega. O que transforma essência em expressão, que compreende que o verdadeiro sentido (ético e estratégico) está em se manter a palavra. Em entregar aquilo que se promete.
Considere este exemplo: duas marcas do mesmo grupo automobilístico fabricam carros com projetos técnicos quase idênticos - afinal dividem engenheiros, fábricas, fornecedores, métodos de produção. Uma comercializa seu modelo por R$ 250 mil, a outra por R$ 400 mil. O mais barato sai de linha por baixa adesão. O mais caro, com fila de espera.
À primeira vista, pode parecer arbitrário ou até manipulativo. Mas o que se comercializa ali vai além das especificações técnicas do produto. Vende-se status, poder, prestígio. E a marca premium entrega exatamente o que promete - mesmo que prometa intangíveis. Ela permanece fiel ao que representa. E é exatamente essa coerência entre discurso e entrega que constrói valor genuíno.
O problema está quando se promete o que não pode entregar. E isso, sim, reduz o Marketing ou o Branding a mero artifício - e raramente se sustenta a longo prazo.
Reconheço que temos habilidades técnicas para fazer com que um produto acessível aparente ser premium. Mas cabe questionar: além da implicação ética, seria estrategicamente inteligente?
Em um cenário onde o consumidor tem voz amplificada, onde a fidelidade se tornou o novo ouro e depende mais de confiança do que de promoções, vender “gato por lebre” pode até gerar lucro no curto prazo, mas frequentemente compromete a perenidade do negócio.
Portanto a função do Branding não é inflar percepções passageiras. É sustentar negócios com coerência e longevidade.
A coerência, hoje, é luxo. E é esse luxo que diferencia marcas memoráveis de marcas descartáveis.
Celebrar o Branding é celebrar a verdade bem contada. É brindar às marcas que sabem o que são, entregam o que prometem e permanecem fiéis ao que representam.
No próximo brinde, exploraremos o novo protagonista dessa narrativa: o consumidor. Mais criterioso, mais informado, mais empoderado. Um consumidor que não busca ser convencido, mas compreendido.
Porque, no fim das contas, não se trata apenas de vender mais. Trata-se de criar relações que merecem ser celebradas.
Até lá!