Adversidades climáticas comprometem o setor agrícola sul-mato-grossense

O agronegócio sul-mato-grossense atravessa um momento desafiador. A safra 2024/2025 foi marcada por adversidades climáticas que afetaram a produtividade, principalmente na cultura da soja, um dos principais motores econômicos da região. A estiagem prolongada e as temperaturas elevadas reduziram os rendimentos médios das lavouras, que apresentaram queda significativa em relação aos anos anteriores.

A frustração também trouxe impactos significativos para o setor de revendas agrícolas. Com a quebra na produção de soja, muitos produtores enfrentaram dificuldades financeiras, afetando diretamente a comercialização de insumos, máquinas e serviços.

Apesar desse cenário desafiador, os produtores têm buscado práticas de manejo que aumentam a eficiência produtiva para mitigar os impactos climáticos. Além disso, há uma expectativa de recuperação da produtividade com a melhora das condições climáticas para as próximas safras, o que pode impulsionar novamente a economia regional.

A ausência de políticas públicas tem gerado consequências profundas e negativas para o setor e para a economia como um todo. Sem apoio governamental, o produtor rural fica exposto a uma série de vulnerabilidades que comprometem desde a produção até a comercialização dos produtos. Um dos principais impactos da falta de políticas públicas é a insegurança financeira. Sem acesso facilitado a crédito rural, muitos produtores, especialmente os de pequeno e médio porte, enfrentam dificuldades para custear insumos, tecnologias e mão de obra. Isso limita a capacidade de investimento, gerando ciclos de baixa rentabilidade e com ameaça de estagnação.

Um efeito direto que tem atraído os olhares da política estadual é a fragilidade da infraestrutura. Em regiões sem investimentos em estradas, armazéns e sistemas de transporte, o escoamento da produção se torna caro e ineficiente, o que reduz a competitividade do agronegócio nacional frente a mercados internacionais. O aumento dos custos logísticos penaliza toda a cadeia produtiva, e isso tem sido uma pauta constante nos órgãos estaduais que pretendem entregar ao produtor condições de minimizar custos operacionais.

Por fim, por mais um ano o produtor rural precisará se reinventar para se manter na atividade e passar por esse momento hostil. 

Vander Dosso | Engenheiro Agrônomo
Sócio-Proprietário da Dosso e Dosso Ltda

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